Colóquio "Timor-Leste: Resistir é Vencer!"

18.00 horas
Uma Lulik - Casas Sagradas

Uma Lulik - Casas Sagradas de Timor-Leste

A colónia de Timor conheceu em 1974/75, com a progressiva dissolução do império colonial português, um recrudescimento dos movimentos políticos locais, combatendo a dependência colonial através de um projeto de independência ou defendendo a sua integração na vizinha República da Indonésia. 

Desencadeada uma verdadeira guerra civil, extremadas as posições, a FRETILIN proclamou unilateralmente, em 28 de novembro de 1975, a Independência da República Democrática de Timor-Leste.  No dia 7 de dezembro, a Indonésia invadiu o território, com o apoio prévio do governo norte-americano. Seguiram-se anos de sofrimento e de luta, com milhares de vítimas. 

E, no entanto, chegados a 1999, foi possível reafirmar em referendo a vontade indomável de liberdade e dignidade de um povo, que reconquistou a sua independência em 20 de maio de 2002, amplamente reconhecida pela comunidade internacional.

1975-resist-2002

Três imagens significativas, da esquerda para a direita
Proclamação unilateral da Independência da República Democrática de Timor-Leste, a 28 novembro 1975
Guerrilhiros das FALINTIL durante uma aula de alfabetização
Populares saúdam a Reconquista da Independência em 20 de maio de 2002.


Ana Gomes é embaixadora aposentada. Nasceu em Lisboa em 1954. É viúva. Licenciou-se pela Faculdade de Direito de Lisboa (Universidade Clássica 
(1972-1979). Entrou, por concurso público, no quadro diplomático do MNE em 1980.  Serviu na Presidência da República com o Presidente António Ramalho Eanes. E nas Missões Permanentes de Portugal junto das Nações Unidas em Genebra (1986-89) e em Nova Iorque (1997-98) e nas embaixadas em Tóquio (1989-91) e Londres (1991-94).  Em 1999 abriu e chefiou a Secção de Interesses de Portugal na Embaixada da Holanda em Jacarta, acompanhando o processo de independência de Timor Leste.  Restabelecidas as relações diplomáticas entre Portugal e a Indonésia, foi embaixadora de Portugal em Jacarta.
Foi membro do MRPP (1974-1975). É militante do Partido Socialista desde 2002. Suspendeu funções diplomáticas em 2003 para integrar a direção do PS com o Secretário-Geral Eduardo Ferro Rodrigues, como responsável pelas relações internacionais (2003-2004). Foi eleita e cumpriu três mandatos como Membro do Parlamento Europeu, entre 2004 e 2019. Serviu na Comissão de Relações Externas (tendo sido coordenadora do Grupo S&D), na Comissão de Desenvolvimento, na Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos, na SubComissão de Direitos Humanos e na SubComissão de Segurança e Defesa. Foi membro das Delegações para as Relações com os EUA, para as Relações com o Iraque e da União para o Mediterrâneo. Foi membro das Comissões Especiais de inquérito sobre os voos da CIA, sobre o escândalo LuxLeaks (TAX1 e 3). Foi Vice-Presidente das Comissões de Inquérito sobre os Panamá Papers e sobre os Paradise Papers (TAX3). Foi coordenadora S&D da Comissão Especial de Inquérito sobre o T errorismo (TERR). Chefiou diversas missões de Observação Eleitoral da EU/PE (Etiópia, Timor Leste, Angola, Guiné-Bissau, Sudão, Myanmar, Geórgia, etc..). 
Foi candidata à Presidência da República Portuguesa nas eleições em 2021. 
Presidiu à AG da ONG “Transparência e Integridade” - 2022/2023. 
Manteve durante anos um programa de comentário político semanal na SIC Notícias. 
 


Luís Cardoso nasceu em Kailako, uma vila no interior de Timor-Leste. Estudou na ilha de Ataúro e nos colégios missionários de Soibada e de Fuiloro, no seminário dos jesuítas em Dare e no Liceu Dr. Francisco Machado, em Díli. Mais tarde, já em Portugal, licenciou-se em Silvicultura no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa e realizou uma Pós-Graduação em Direito e Política do Ambiente, na Universidade Lusófona.
Desempenhou as funções de Representante do Conselho Nacional da Resistência Maubere, em Portugal.
É autor dos romances: Crónica de Uma Travessia (1997); Olhos de Coruja Olhos de Gato Bravo (2002); A Ùltima Morte do Coronel Santiago (2003); Requiem para o Navegador Solitário (2007); O Ano em que Pigafetta completou a circum-navegação (2013); Para onde vão os gatos quando morrem? (2017); e o Plantador de Abóboras (2020). Este último romance foi galardoado com o Prémio Oceanos 2021. Em 2025, publicou “Hotel Timor”.

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